Noite de Reis: o mundo real e fictício de Bastos

O primeiro número de 2012 da revista Doispontos já está nas bancas. Entrando em seu quarto ano, a revista trimestral, que circula em todo o Litoral Norte do Rio Grande do Sul, traz nesse número (Ano IV, mar/2012, n.9) um especial sobre a obra Noite de Reis, de Manoel E. Fernandes Bastos, escrita em 1935.

Pela primeira vez a revista usa uma dobradinha histórico-literária para compor o caderno especial: meu artigo A Senhora Dona da Casa, com análise dos amores do personagem principal de Bastos, o Baiano Candinho; e a análise literária da obra, em artigo do amigo e editor Delalves Costa, da AELN.

Escrita em 1935, e reeditada em 2007 pela AEC – Associação de Estudos Culturais, de Osório, a obra do então intendente municipal Fernandes Bastos narra a história de Baiano Candinho (1846-1898), desertor da Guerra do Paraguai, que se estabelece na antiga colônia alemã de Três Forquilhas na década de 1870. Após a Revolução Federalista (1893-1895), quando lutou como maragato (do Partido Liberal), foi surpreendido e degolado na “Noite de Reis” de 1898, Baiano Candinho, que na verdade era cearense, torna-se um personagem quase mítico no litoral gaúcho, muito em parte pela grande obra do escritor-intendente.

Além do especial sobre Noite de Reis, a revista tem ainda artigos diversos sobre educação, turismo e cultura e mais uma vez se destaca pela qualidade gráfica e textual. Mais uma publicação impar da nossa gente litorânea!

Rodrigo Trespach – www.rodrigotrespach.com.br

 

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