O historiador Robert Gerwarth estudou como poucos a mente doentia de Reinhard Heydrich, um dos maiores criminosos nazistas. Conhecido como “o carrasco de Hitler” e também chamado de “o açougueiro de Praga” pelos tchecos, chefe do Sicherheitsdienst, o SD (Serviço de Segurança, em português) – responsável, entre outros, pela Gestapo (Polícia Secreta), depois transformado em Reichssicherheitshauptamt, o RSHA (Escritório Central de Segurança do Reich), Heydrich foi o personagem central do maior genocídio da história moderna. Sua história e biografia, no entanto, tem recebido uma atenção incrivelmente modesta na extensa literatura sobre o Terceiro Reich. Provavelmente porque seu assassinato, em 1942, o tenha livrado dos julgamentos pós-guerra e da comoção popular com a descoberta dos campos de extermínio na Europa Central.
À luz de documentos inéditos, Gerwarth fornece novas informações sobre a vida pública e privada de Heydrich, mostrando que, mais do que executor ou carrasco, ele foi responsável por formular as políticas raciais adotadas pelo governo nazista, e por encontrar e implantar uma “solução final para a questão judaica” juntamente com o seu superior, o Reichsführer SS Heinrich Himmler, se tornando o segundo homem mais perigoso do Terceiro Reich.
Fugindo dos preconceitos e rótulos superficiais comumente atribuídos aos líderes nazistas, Gerwarth reconstrói a trajetória de Heydrich, de filho de um músico conceituado e de uma família ligada às ações culturais dentro da aristocracia da Alemanha Imperial, passando pela carreira na Marinha alemã até a ascensão ao alto escalão do governo nacional-socialista de Hitler.
Em paralelo, a vida e a formação dos líderes da SS, em sua maioria professores universitários e doutores em História, Filosofia e ciências afins, o que torna ainda mais surpreendente e enigmática a tarefa de tentar entender como uma elite intelectual, e não um grupo de homens de carreiras e vidas frustradas, como acontecia com os membros da camarilha do Führer no NSDAP, conseguiu por em execução o mais audacioso e criminoso plano de extermínio já posto em prática na história da humanidade sob a proteção do Estado e da “ciência”.
Em que pese o grande número de notas explicativas e indicativas, usadas para atender ao público crítico e especializado, o livro de modo algum é enfadonho e cansativo, mesmo para o público leigo. Gerwarth conseguiu aliar a técnica investigativa e crítica do historiador à habilidade para a escrita de um jornalista.
Por Rodrigo Trespach
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Olá Rogério. Não tenho trabalhos sobre a Guerra Civil Russa, mas há indicação de livros a respeito no site. Abs
òtimo livro. li, comprei e dei de presente a um amigo, agora vou comprar outro. POr acaso, o senhor possui trabalho sobre a guerra civil russa?
Silvanete, Infelizmente isso não é possível.
Sucesso, Abs
VOU INICIAR NA FACULDADE, NO CURSO DE HISTÓRIA E SOU FASCINADA EM TODO CONTEÚDO SOBRE AS GUERRAS.
POR GENTILEZA É POSSÍVEL O ENVIO DE ALGUNS EXEMPLARES DE LIVROS DE CORTESIA.
ATTE, SILVANETE BRITO FERREIRA.