Paris Ocupada: Os aventureiros da Arte Moderna (1940-1944)

Paris Ocupada, Dan Frank

Em 14 junho de 1940, Paris foi ocupada por tropas alemãs. Capital cultural e intelectual do mundo, reduto dos mais conceituados artistas, escritores, pensadores e cientistas da época, a capital francesa caiu pouco mais de um mês depois de os alemães terem cruzado a fronteira franco-belga. O rápido avanço alemão pegou todos de surpresa e a França foi posta de joelhos.

Ocupada, Paris viveu seu período mais sombrio, com intervenção política, toque de recolher, perseguição a judeus e a outras minorias, prisões arbitrárias, violência, medo, traição, suspeitas e mortes. O governo e uma parcela da população capitulou e colaborou com os nazistas, uma pequena parcela se envolveu na resistência.

“Eles me estimam pela metade e me detestam por inteiro”. Pierre Drieu La Rochelle

Em Paris Ocupada: Os aventureiros da Arte Moderna (1940-1944) (L&PM, 2015), Dan Franck recria a atmosfera da Cidade Luz sob a ocupação nazista, a vida dos habitantes, as ruas, as vielas, os cafés e os museus parisienses, onde circulam traidores e heróis, membros da resistência e colaboracionistas, artistas tentando trabalhar num clima político impossível, editores correndo atrás de papel para imprimir seus livros, cineastas em busca de bobinas de filme, escritores trabalhando com medo, outros morrendo sob tortura.

“Quem se desespera com os acontecimentos é covarde, mas quem tem esperança na condição humana é louco”. Albert Camus

Nascido em Paris em 1952, Dan Franck é formado em sociologia pela Sorbonne e desde a década de 1980 dedica-se a escrever romances, ensaios e roteiros de cinema e televisão. Com dezenas de livros publicados, é vencedor de diversos prêmios literários, entre eles o Prix du Premier Roman e o Renaudot.

Paris Ocupada faz parte da trilogia Paris, composta ainda por Paris Boêmia (1900-1930) e Paris Libertária (1931-1939).

Na tumultuada vida parisiense narrada por Frank, aparecem escritores como Jean-Paul Sartre, André Malraux, Marguerite Duras e o norte-americano Ernest Hemingway, o poeta Louis Aragon, o pintor Pablo Picasso, Sylvia Beach, proprietária da lendária livraria Shakespeare & Co. e o aviador e pai de O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry.

“E esta própria palavra, liberdade, não estava em todo meu poema senão para eternizar uma vontade muito simples, muito cotidiana, muito aplicada, a de se libertar do ocupante”. Paul Éluard

Por Rodrigo Trespach

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