Retrotopia

Um dos principais nomes da sociologia mundial, em Retrotopia Bauman trabalha o fenômeno atual da busca de felicidade através da nostalgia.

O sociólogo Zygmunt Bauman morreu em janeiro do ano passado aos 92 anos de idade, mas suas obras não param de chegar ao Brasil. Responsável pela numerosa bibliografia do polonês, a editora Zahar já publicou 40 livros seus. Retrotopia chegou às livrarias do país no final de 2017 e trata de um fenômeno bem atual, a nostalgia.

“De volta ao eu” nasceu como um grito de batalha na guerra de libertação dos horrores da prisão tribal, ressurrecto pelo parto natimorto de sua opção cosmopolita ostensiva – exatamente como “de volta às tribos” foi e continua a ser o lema da “corrida em busca de abrigo” contra os pavores da soidão dos indivíduos órfãos/desapossados da era pós-libertação.

Para Bauman, a “retrotopia” é consequência da crise do conceito de Estado-nação e do afastamento cada vez maior entre poder e política, assuntos já tratados em Estado de crise. Retrotopia seria, então, a inexistência de alternativas para construção de um futuro – algo imaginado por Thomas More e sua ilha Utopia, no século XVI.

Estaríamos vivendo uma “era nostálgica”, uma “volta às tribos”, uma “utopia às avessas”, a “utopia do passado”. Sem poder (ou conseguir) idealizar um futuro, estaríamos voltando nossos olhos e corações às práticas, ideias, ideais e projetos do passado.

Bauman é sempre uma ótima recomendação, não seria diferente com Retrotopia. Vale a reflexão!

Por Rodrigo Trespach – www.rodrigotrespach.com

Para comprar ou saber mais sobre Bauman, acesse a página da Zahar.

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