A individualidade numa época de incertezas

Bauman e Rein Raud debatem uma característica do ser humano moderno: a individualidade.

Ao morrer aos 92 anos, em 2017, Zygmunt Bauman deixou uma numerosa e respeitável bibliografia.  No Brasil, a editora Zahar tem publicado os livros do sociólogo polonês desde o final da década de 1990 (ver lista aqui). O mais recente deles é A individualidade numa época de incertezas. Escrito em forma de diálogo, como faziam os antigos filósofos gregos, neste livro Bauman tem a companhia do pensador estoniano Rein Raud, professor na Universidade de Helsinki, na Suécia.

Em A individualidade numa época de incertezas, à luz da vasta bibliografia existente sobre o comportamento humano, da sociologia e filosofia de Durkheim, Nietzsche, Freud e Houellebecq à literatura clássica e moderna, Bauman e Raud buscam a explicação para a perda da capacidade de ações e experiências coletivas do homem, uma aproximação dos meios tecnológicos virtuais e sua inclinação para a individualidade – cuja exemplificação mais marcante é observada pelo uso dos selves (o plural, em inglês, de self).

O diálogo explora as ideias acerca de como a individualidade se constituiu ao longo da História e propõe uma reflexão sobre a complexidade do ser humano moderno, assustado com a rapidez das mudanças e das novas tecnologias, rodeado pela incerteza do presente e do futuro.

Um dos impactos mais destacados, e provavelmente o mais importante, do crescimento impetuoso e da transformação profunda nas dimensões da desigualdade é a diferenciação aguda em termos do grau de autonomia humana e de oportunidades realistas para autodefinição e a autoafirmação – com efeito, das chances e capacidades de autoprodução atribuídas e disponíveis para indivíduos situados em diferentes níveis da hierarquia de riqueza e renda..

Bauman é sempre uma ótima recomendação. Vale a reflexão!

Por Rodrigo Trespach – www.rodrigotrespach.com

Para comprar ou saber mais sobre Bauman, acesse a página da Zahar.

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