Maria Madalena

Historiador britânico analisa como Maria Madalena foi reinterpretada pelo cristianismo ao longo dos séculos.

A imagem mais comum associada à Maria Madalena é a de prostituta arrependida, mas ao longos dos séculos ela foi vista de muitas formas, de mulher rica e companheira de Jesus a ícone feminista. É esse personagem bíblico multifacetado cuja história conta com pouquíssimas informações documentais, mas extremamente rico no imaginário cristão, que o escritor e historiador Michael Haag analisa em Maria Madalena (Zahar, 2018).

Com base no Novo Testamento, nos evangelhos gnósticos e na vasta produção de pensadores cristãos dos tempos bíblicos, medievais, renascentistas e contemporâneos, Haag apresenta uma visão panorâmica de uma mulher que chegou a ser exaltada como esposa e principal discípula de Jesus Cristo, a deusa da beleza e do amor, foi representada por séculos como a imagem do pecado e, por fim, como símbolo de mulher forte, independente e transgressora, ao gosto do feminismo do século XXI.

Longe de ser um entediante livro científico, Haag conseguiu reunir em um único volume as diversas faces de Maria Madalena e as muitas teorias, abordagens e reinterpretações históricas sobre ela, com uma linguagem acessível ao público não especializado – sem perder, é claro, o compromisso com a reflexão séria. Muito recomendável!

Por Rodrigo Trespach – www.rodrigotrespach.com

Para comprar ou saber mais sobre a obra, acesse a página da Zahar.
Para saber mais sobre o autor, acesse www.michaelhaag.com

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