Stefan Zweig: sua última agenda, 1940-1942

A última agenda telefônica de Stefan Zweig, precioso item de seu acervo pessoal mantido no Brasil, oferece uma ampla visão do universo humano que povoou a vida do escritor em seus derradeiros anos.

A editora Memória Brasil e a Casa Stefan Zweig acabam de lançar A rede de amigos de Stefan Zweig – sua última agenda, 1940-1942.

O livro contém o fac-símile integral da última agenda telefônica de Stefan Zweig, preenchida pelo autor entre 1940 e 1942 e mantida inédita até hoje. Contém também biografias e verbetes dos 158 nomes (pessoas e instituições) registrados na Agenda, muitos deles com ilustrações. Além da introdução de Alberto Dines, a obra inclui um artigo especialmente preparado sobre o tema por Klemens Renoldner, diretor do Stefan Zweig Centre, de Salzburgo.

Agenda original de Stefan Zweig
Alberto Dines, um dos maiores especialistas mundiais na vida e na obra do autor austríaco, há muito planejara publicar uma reprodução desse livrinho, enriquecida pelas biografias de cada um de seus 158 figurantes. Quando a Casa Stefan Zweig, recém-fundada, começou a se consolidar, chegou o momento de lançar mãos à obra. Com a ajuda iluminadora do grande intelectual e amigo Paulo Geiger, uma pequena equipe comandada por Dines e Israel Beloch, com ajuda de Kristina Michahelles, tradutora de Zweig, e arregaçou as mangas, graças ao patrocínio das empresas Petroserv e Klabin.

O primeiro passo foi obter acesso ao original da agenda, não incluído no restante do acervo doado à Biblioteca Nacional. Esse documento histórico, em poder de Claudia Breitman, neta de Abrahão Koogan, um dos mais próximos amigos de Zweig no Brasil e editor de sua obra completa no país, nos foi cedido com cortesia para ser digitalizado e servir de base ao projeto.

O estagiário austríaco Hans-Jörg Trettler encarregou-se da transcrição do manuscrito. Um árduo trabalho de pesquisa iniciou-se então, levantando os dados básicos de cada personagem e seus laços e interseções com o grande escritor, além de fotografias e ilustrações dos mais significativos dentre eles. Se alguns nomes registrados são verdadeiros ícones da cultura, como Thomas Mann e Arturo Toscanini, outros são menos notórios e mesmo obscuros. O profundo conhecimento de Alberto Dines e a obsessão investigativa da equipe permitiram desvendar a identidade de quase toda a rede de amigos de Zweig, sobrando umas poucas incógnitas para os pesquisadores do futuro.

Compusemos assim um mosaico vívido de uma época cultural fecunda e criativa, que desembocou na grande hecatombe da Guerra Mundial e na tragédia pessoal de Stefan Zweig.

Texto produzido por Casa Stefan Zweig

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Para saber mais, acesse A rede de amigos de Stefan Zweig: sua última agenda, 1940-1942 ou Casa Stefan Zweig. Para comprar os livros de Zweig, acesse o site da editora Zahar.

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