Imigrantes Alemães no Litoral Norte Gaúcho: Família Borger (Borges)

190 Anos de Imigração Alemã no Litoral Norte Gaúcho

A família Borger (ou Burger; no Brasil “Borges”) é originária, até onde foi possível recuar no tempo, de Weinheim, localidade de Alzey, distrito de Alzey-Worms, na Renânia-Palatinado (Rheinland-Pfalz), e que à época da imigração dos Borger pertencia ao Grão-Ducado de Hessen-Darmstadt. Infelizmente o registro mais antigo dos Borger em Weinheim é o de casamento dos pais do imigrante em 1767, justamente o ano em que se iniciaram os registros nos livros da Igreja Católica daquela localidade. Por isso, até o momento, não podemos conhecer os bisavós do imigrante Borger, somente as gerações seguintes. A partir da década de 1770 estabeleceram-se em Heimersheim, localidade vizinha de Weinheim.

Os Borger chegaram a São Leopoldo em 15 de janeiro de 1826 (C-333, página 39), vindos ao Brasil, provavelmente, no transatlântico Friedrich Heinrich, e ao Rio Grande do Sul no bergantim Carolina onde consta como família de número 25 (como “Pedro Borger”) composta por Peter Borger, a esposa e os dois filhos. Peter assinou a carta-queixa contra o desumano capitão do Carolina, assinatura número 27, em 4 de janeiro de 1826. Estabeleceu-se na colônia de São Pedro de Alcântara,  em Torres, hoje município de D. Pedro de Alcântara, com a leva pioneira de dezembro de 1826, família número 72, com três membros números 298, 299 e 300, da relação de colonos.

A descendência dos Borger (Borges) no Rio Grande do Sul deve-se ao filho do imigrante – ele mesmo também imigrante como sabemos agora, Heinrich Jacob Borger, que até o momento se acreditava ter nascido no Brasil.

Registro batismo Peter Borger 2

Encontramos nos arquivos da administração de Alzey, os registros civis de Heimersheim, um “Heinrich Borger” nascido em 21 de janeiro de 1824. Na lista de passageiros do bergantim Carolina a família Borger é composta por quatro pessoas: o chefe da família Peter Borger, a esposa e dois filhos, entre eles um “Henrique Jacob”. No entanto na relação de imigrantes chegados ao Rio Grande do Sul, o C-333, página 39, a família é anotada por Hillebrand como tendo chegado a São Leopoldo somente com três pessoas e nenhum deles sendo Henrique Jacob.

Na “relação nominal de colonos que voluntariamente vão para Torres”  a família é registrada como sendo composta por três integrantes: novamente o chefe da família, a esposa e um filho, “Henrique Jacob Borger”. Então, sabendo que a filha de Peter Borger, Philippine Borger, faleceu, após a chegada, em 8 de abril de 1826 pois consta como anotação de Hillebrand no C-333 e por isso não constando na relação dos colonos de Torres, e não tendo Peter Borger outro filho conhecido, o “Heinrich Borger”, nascido na Alemanha, só pode ser o mesmo “Henrique Jacob Borger” da lista do Carolina e da relação de colonos, que, por motivos desconhecidos, não foi registrado pelo diretor da colônia na chegada da família a São Leopoldo.

Por Rodrigo Trespach

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