O arquiteto e historiador paulista Paulo Rezzutti, autor de Titília e Demonão -Cartas inéditas de Dom Pedro I à Marquesa de Santos e Domitila – A Verdadeira História da Marquesa de Santos, ambos pela Geração Editorial, lança agora em setembro pela Leya D. Pedro, a história não contada. Livro já está em pré-venda na Livraria Cultura.
Pedro de Alcântara foi um personagem que entrou tanto nos livros de história quanto no imaginário do brasileiro cercado por uma aura ao mesmo tempo caricatural e enigmática. Muito se fala do grito às margens do Ipiranga, da sexualidade exacerbada e do jeito impaciente que lhe rendeu a pecha de monarca difícil e de pouco tato político. Porém, quase 200 anos depois de sua morte, pouco ainda se sabe sobre D. Pedro. Para preencher as inúmeras lacunas, o historiador Paulo Rezzutti pesquisou, durante anos, cartas e documentos inéditos que fazem parte do livro D. Pedro – A história não contada: O homem revelado por cartas e documentos inéditos, lançamento da LeYa Brasil.
Tais documentos revelam um homem de personalidade complexa que se dispunha a morrer por uma causa, um pai que queria para os filhos a educação que reconhecia falhar em si próprio e um protagonista na transição do absolutismo ao regime constitucional no Brasil. “Era um abolicionista e grande estadista”, afirma Rezzutti.
Entre outras curiosidades apresentadas no livro, em uma carta ao pai, datada de 1821, D. Pedro informava que precisaria apertar os cintos da economia e que tal medida começaria pelo próprio príncipe:
Comecei a fazer bastantes economias principiando por mim (…) eu não faço de despesa quase nada em proporção do que dantes era, mas se ainda puder economizar mais, o hei de fazer a bem da Nação.
Para o autor, apesar das contradições e a riqueza de personalidade que transformaram D. Pedro em um dos personagens mais interessantes da história nacional, está alguém que deixou como legado uma trajetória de sacrifícios em prol da unidade nacional. Foi homem repleto de defeitos morais e contradições políticas, mas que esteve ligado a grandes passagens da história do liberalismo mundial e, acima de tudo, viveu uma vida intensa e repleta de humanidade.
Com tudo isso, D. Pedro – A história não contada: O homem revelado por cartas e documentos inéditos, de Paulo Rezzutti, é uma leitura prazerosa que desfaz um emaranhado de distorções históricas sobre o primeiro imperador do Brasil.
Como nos trabalhos anteriores de Paulo Rezzutti, D. Pedro, a história não contada é garantia de boa leitura.
Por Rodrigo Trespach
Ainda sobre D. Pedro, leia nosso texto sobre a passagem do monarca pelo litoral gaúcho aqui.
Eu li o livro 1808 e 1822, de outro escritor, mas também tive o prazer de ler o seu livro D. PEDRO A história não contada; esse livro me foi o mais satisfatório o mais prazeroso em ler, porque houve o devido respeito ao nosso primeiro Imperador. Também tive a satisfação em vê-lo em uma entrevista com Fernando Gabeira e também ouvi-lo na rádio CBN.
Meus cumprimentos,
Marco Almeida Barão de Sealand
Eu sou nascida em 1939,e desde tenra idade minha avó paterna Dalila de Alcantara, dizia que era uma descendente de D.Pedro e, como em sua época um sobrenome desse não era comum, só pertencente a familia real e descendentes que ja nela se tornava longincuo,fui crescendo com essa interrogação???. Tantas são as distorções da historia da independencia que não me pronunciei muito a respeito e mesmo porque não temos a arvore genealogica dela.,
Sei que meu bisavô por parte do meu avô era muito amigo de D.Pedro II que sempre passava em sua fazenda do Macuco em Taubaté dando -lhe de presente sua espada por ter sido ele um grande benfeitor de Taubaté..
Tenho uma historia de familia que se encontra na biblioteca de Taubaté atraves do livro de minha prima Maria Tereza Marcondes chamado “TEMPO E MEMORIA” que relata essa passagem de D.Pedro por lá.
Ainda não li seu livro mas lerei muito em breve.,pois tudo relacionado, muito me interessa.
parabéns-pelo seu empenho-que com certeza será de grande valia- IAD
Parabéns, Rezzutti, por mais esta obra sobre o nosso Imperador. Como diz a resenha, foi uma personalidade complexa que infelizmente só é lembrada como caricatura. Ele esteve longe disso. Que grande homem! Soube lidar com tantas paixões e tantos deveres com igual dedicação. Luiza Sawaya