Participação pouco conhecida do Brasil na Primeira Guerra Mundial é contada por especialista em História Militar.
Pouco estudada por historiadores e ainda menos conhecida pelo público geral, a participação brasileira na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) é apresentada em todas as suas nuances em obra de Carlos Daróz, O Brasil na Primeira Guerra Mundial – A longa travessia (Editora Contexto, 2016).
Professor, pesquisador e oficial de Artilharia do Exército Brasileiro, Daróz é formado em História pela História pela Universidade Salgado de Oliveira e especialista em História Militar pela UFRJ e pelo Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.
Com base em um grande número informações vindas de fontes primárias, o historiador narra a presença da Comissão de Estudos e Operações e Aquisição de Material na França, conhecida por Missão Aché, composta por mais de duas dezenas de oficiais do Exército Brasileiro, liderada pelo general Napoleão Felippe Aché; da Divisão Naval de Operações em Guerra, a DNOG, composta por oito navios (cruzadores e contratorpedeiros), que atuou no conflito vinculada à Marinha Real Britânica, e do pequeno grupo de aviadores navais que lutou com ingleses e estadunidenses nos esquadrões 237 e 238 da RAF, vinculados a 10ª Força de Defesa Costeira.
Além da questão militar, Daróz apresenta ao leitor o panorama geral da guerra na Europa, as relações diplomáticas e políticas do Brasil com os países envolvidos, a proibição da língua dos imigrantes e descendentes de alemães, o fechamento dos jornais em alemão, saques e perseguições ao comércio e casas de descendentes germânicos, assim como o bloqueio naval alemão no Atlântico e o afundamento dos navios brasileiros que e levaram o país ao “estado de beligerância” com a Alemanha Imperial.
Por Rodrigo Trespach
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