Foco nos fatos pouco abordados

Há anos o historiador Rodrigo Trespach se dedica a pesquisar história mundial sempre buscando enfocar aqueles fatos pouco conhecidos e que muitas vezes dão um novo sentido interpretativo para quem se interessa pelo tema. É desta forma que compõe os dois livros que escreveu para a série Histórias não (ou mal) contadas, Segunda Guerra Mundial e o mais recente, Revoltas, golpes e revoluções no Brasil. Ambas as obras serão lançadas e autografadas pelo autor neste sábado (11), na 45ª Feira do Livro de Pelotas, às 19h, na praça Coronel Pedro Osório. Trespach ainda participa do Conversas com Escritores, na Alameda Literária, às 20h30min. As obras podem ser adquiridas na livraria Vanguarda.

Como no primeiro livro, em Histórias não (ou mal) contadas: Revoltas, golpes e revoluções no Brasil (editora HarperCollins Brasil, 256 páginas) o autor selecionou episódios históricos que abordam o tema nos 11 capítulos. Trespach diz que procura imprimir uma linguagem acessível a todo público, mas sem tornar a obra um guia ou um livro didático. “É um trabalho compromissado com a história, não é superficial, o assunto é sério e repleto de informações e indicações de leitura”.

Na obra, alicerçada em vasta bibliografia, o pesquisador organizou os capítulos por temáticas, como o Período Pré-Independência, a Maioridade de Dom Pedro II, a República, a Era Vargas e a influência da maçonaria, entre outros. Neste último, por exemplo, o autor lembra de três líderes maçons que eram negros, Luís Gama, José do Patrocínio e André Rebouças. “Temos a ideia de que a maçonaria no Brasil era formada pela elite branca”, observa.

Natural de Osório, Trespach também se dedica a escrever artigos e reportagens para jornais e revistas brasileiras e internacionais, como: National Geographic Brasil, História Viva e História da Biblioteca Nacional, entre outras. Para o escritor, o brasileiro sabe muito pouco sobre a sua história e é muito importante esse conhecimento para que se entenda muitas das situações que acontecem hoje, algumas uma repetição do que ocorria no passado. “Precisamos conhecer mais a história para errar menos”.

Por Ana Cláudia Dias, Diário Popular, Caderno Cultura, p.17, Pelotas/RS, ed. de 11/12 nov. 2017

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