Osorio, O Legendário

O Exército brasileiro festeja no dia 10 de maio, o aniversário de nascimento do Marechal Manoel Luis Osorio, o patrono da Cavalaria brasileira. Nascido em solo gaúcho, na então Conceição do Arroio (hoje Osório, em sua homenagem), no ano de 1808, Osorio foi, junto com Caxias, um dos mais destacados militares brasileiros. E até o começo do século XX, sua fama e popularidade, era, inclusive, maior do que a do militar carioca. Muito devido a sua simplicidade e a liberdade que tinha com seus comandados. Não era brilhante estrategista como Caxias, mas de capacidade tática, no campo de batalha, como poucos. Na Guerra do Paraguai, de atuação destacada, foi o primeiro a entrar em território inimigo, em 1866.

Gal. Osorio, patrono da Cavalaria do Exército Brasileiro.

A casa onde o Mal. Osorio nasceu, na fazenda dos avós maternos, foi restaurada pelo Exército Brasileiro e inaugurada em 10 de maio de 1970, com a presença do então presidente brasileiro General Emilio Garrastazu Médici. No local, atualmente município de Tramandaí, foi criada a Fundação Parque Histórico Marechal Manoel Luis Osorio, onde está instalado o 3.º Regimento de Cavalaria de Guarda, o Regimento Osorio.

Casa Marechal Manoel Luis Osorio2

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Falecido no Rio de Janeiro, em 1879, seu corpo foi embalsamado e levado para o Asilo dos Inválidos da Pátria, na Ilha do Bom Jesus. Após a proclamação da República, seus restos mortais foram depositados sob a estátua equestre, construída em sua homenagem, na Praça XV de Novembro. Osorio só retornou para casa em 1993, quando, com permissão da família, seus restos mortais foram retirados do monumento e enviados para o Rio Grande do Sul. O traslado passou por Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre, até chegar, na manhã de 11 de dezembro, sob o toque do clarim, ao local onde “o legendário” havia nascido quase dois séculos antes.

Uma frase
No início da Guerra do Paraguai, após quatro décadas de serviços prestados ao país, preocupado com o futuro dos filhos, o Gal. Osorio escreveu ao filho Fernando:
“Meu filho – economia e estudo – não te importes com mais nada; muito respeito aos professores e às suas opiniões; aos políticos ouve só muito e como quem não entende o que ouve; a época é tal que até as boas maneiras e comportamentos fazem inimigos”.

Um poema
Recebendo a notícia da morte da esposa, Gal. Osorio compôs “Como viverei sem ti?”.

Como viverei sem ti?
Gal. Osorio

Desde esse fatal momento,
Que a tua vista perdi
Abismado na tristeza
Como viverei sem ti?

Cuidados consumidores,
Só no meu peito senti
Se só com o ver-te e alegro
Como viverei sem ti?

Quanta ausência custaria
Certamente não previ
Hoje por ti suspirando
Como viverei sem ti?

Como esposa amante e terna
Sempre teus passos segui!
Hoje a longa distância
Como viverei sem ti?

Por Rodrigo Trespach, Zero Hora de 10.05.2013.

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